Escola
de Educação Básica Manoel Dutra Bessa
Programa
Nacional de Tecnologia-Educacional
Proinfo-Integrado
Curso
de Introdução à Educação Digital
Projeto
de Pesquisa e Aprendizagem
A
Importância das Tecnologias nas Séries Iniciais
Autores:
Edna Maria Pickler Westphal,
Mari
de Souza Viehbeck,
Patrícia
de Andrade
Regina
Pessoa Mohr
Urubici,
junho de 2012.
Justificativa
Com
o avanço da
tecnologia
nas
últimas décadas, principalmente dos computadores, discuti-se cada
vez mais a utilização de recursos da informática na educação.
Muitas escolas do Brasil já possuem um laboratório de informática
com acesso à Internet, softwares educacionais e programas básicos
(editores de texto, programas de edição de imagens e apresentações,
planilhas de cálculo, etc). Porém, basta ter os recursos? Como
utilizá-los de maneira a garantir o desenvolvimento do aluno? Estas
são apenas algumas questões levantadas por educadores brasileiros.
Em primeiro lugar, temos que partir do princípio de que o computador
é apenas uma ferramenta. Sozinho, não é capaz de trazer avanços
educacionais.
Uma
escola
que resolve utilizá-lo como recurso didático necessita de bons
professores, preparados e treinados, para utilizar os recursos
oferecidos por este sistema tecnológico de forma significativa.
Colocar qualquer software para os alunos usarem não gera
aprendizado. É importante que a escola tenha um projeto pedagógico
que envolva a utilização do computador e seus recursos. O aluno não
pode ser um mero digitador, mas sim, ser estimulado a produzir
conhecimentos com o uso do computador. Neste sentido, o professor
deve agir como um orientador do projeto que está sendo desenvolvido.
O uso da Internet
também
é um caso importante. De nada adianta pedir para um aluno fazer uma
pesquisa na Internet sem as devidas orientações. Cabe ao professor
instruir os alunos para que estes não façam simples cópias de
textos encontrados em sites. Apenas copiando, os alunos não vão
aprender. As orientações devem ser no sentido de como elaborar uma
pesquisa, como encontrar sites confiáveis, como gerar conhecimentos
com o material pesquisado, etc.
Fundamentação
teórica
A
Informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário
educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua
ação no meio social vem aumentando de forma rápida entre nós.
Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e
funcionais frente a essa nova tecnologia.
Houve
época em que era necessário justificar a introdução da
Informática na escola. Hoje já existe consenso quanto à sua
importância. Entretanto o que vem sendo questionado é da forma com
que essa introdução vem ocorrendo.
Com
esse artigo pretendo discutir alguns pontos, de suma importância,
que possam gerar uma reflexão sobre a introdução da Informática
na escola, como: o ser humano e a tecnologia, Informática x
currículo, o processo de introdução da Informática, a função do
coordenador de Informática.
Segundo
FRÓES : “A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras
ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à
máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador
que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a
tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia.... Facilitando nossas
ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas
tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos
assustam...”
A
Tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também em
nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no
nosso relacionamento com o mundo. Vivemos num mundo tecnológico,
estruturamos nossa ação através da tecnologia, como
relataKERCKHOVE , naPele da Cultura “os media eletrônicos são
extensões do sistema nervoso, do corpo e também da psicologia
humana”.
Outro
ponto importante é o incentivo à criação. O aluno não deve ser
colocado de forma passiva diante do computador. As ferramentas
tecnológicas devem servir de base para a criação. Uma planilha de
cálculos, por exemplo, pode ser usada para um trabalho de Matemática
com dados estatísticos, criando fórmulas e gerando gráficos. Um
editor de textos pode ser usado para a criação de um jornal com
notícias e informações sobre o conteúdo de uma disciplina. Um
programa de apresentação (PowerPoint) apresenta inúmeras
possibilidades na elaboração de aulas com imagens, sons e outros
elementos multimídia.
O
importante ao utilizarmos recursos de informática na sala de aula, é
não transformar a máquina na principal figura educacional.
Professores e alunos devem assumir o papel de principais personagens
e usar criatividade, raciocínio e atitudes ativas para a produção
do conhecimento. Somente desta forma, o aluno estará se preparando
para o mercado de trabalho e para a vida.
De
acordo com (FRÓES) “Os recursos atuais da tecnologia, os novos
meios digitais: a multimídia, a Internet, a telemática trazem novas
formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples
uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu
pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo
datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e
interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa,
ora como conseqüência, a um pensar diferente.”
BORBA(2001)
vai um pouco mais além, quando coloca “seres-humanos-com-mídias”
dizendo que “ os seres humanos são constituídospor técnicas que
estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esses
mesmos seres humanos estão constantemente transformando essas
técnicas.” ( p.46)
Dessa
mesma forma devemos entender a Informática. Ela não é uma
ferramenta neutra que usamos simplesmente para apresentar um
conteúdo. Quando a usamos, estamos sendo modificados por ela.
Objetivo
Geral
Promover
a busca do conhecimento, desenvolvendo o hábito de investigação,
do espírito crítico e da busca de soluções, dando condições
para estabelecer relações com outras vivências, interpretando a
realidade e sendo capaz de aplicar em situações novas.
Objetivos
Específicos
*
Desenvolver o aluno o interesse pela informática;
* desenvolver habilidade de criatividade;
* desenvolver autonomia na utilização das ferramentas da informática compreendendo a sua abrangência para pesquisa e apresentação dos trabalhos;
* desenvolver habilidade de criatividade;
* desenvolver autonomia na utilização das ferramentas da informática compreendendo a sua abrangência para pesquisa e apresentação dos trabalhos;
*
interpretar fatos relacionados à realidade atual;
* refletir sobre necessidades atuais e propor soluções futuras.
* refletir sobre necessidades atuais e propor soluções futuras.
Os Professores e a Informática
Diante
dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir
sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas
formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova
realidade, com também construí-la. Para que isso ocorra! O
professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula
e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.
GOUVÊA
“O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa
se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu
dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o
primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo
diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de
comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela
palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos
lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador,
pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que
vão se aprofundando às nossas vistas...”
Mas,
para o professor apropriar-se dessa tecnologia, devemos segundo FRÓES
“mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do
Laboratório de Informática na sua prática diária de
ensino-aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do professor
um especialista em Informática, mas de criar condições para que se
aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da
utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente
uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores
poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional.”
Se
um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um
agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o
papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não
um mero transmissor de informações.
Mas
o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação
pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que
está constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o
professor. Não basta haver um laboratório equipado e software à
disposição do professor; precisa haver o facilitador que gerencie o
processo o pedagógico.
Considerações
Finais
O
uso da Internet nas escolas está delimitado, em sua maioria na
pesquisa de informação. As pessoas esquecem que o grande potencial
da Internet é a comunicação. Entretanto, dentro de nossa visão de
processo, isso é admissível. Em um primeiro momento, usamos a
Internet como ferramentas sua característica mais marcante que é o
acesso à informação.
Após
um processo de maturação, percebemos que a Internet é mais que
isso: passamos a usá-la como uma rede comunicação. Passamos a
participar de projetos e eventos colaborativos mundiais, a participar
de Listas de Discussão no qual debatemos e trocamos experiências e
usá-la com ferramenta de expressão política e social.
A
Informática educacional, como podemos notar, deve fazer parte do
projeto político pedagógico da escola, projeto esse que define
todas as pretensões da escola em sua proposta educacional.
Podemos,
agora, tirar algumas conclusões importantes sobre a introdução da
Informática na escola .Ela ocorre:
·dentro
de um processo, com alguns momentos definidos;
·quando
existe a figura do coordenador de informática que articula e
gerencia o processo, de modo a buscar os recursos necessários e
mobilizar os professores.
·quando
essa introdução está engajada num projeto pedagógico, com o apoio
da direção que oferece os recursos necessários.
Referências
BORBA,
Marcelo C. e PENTEADO, Miriam Godoy - Informática e Educação
Matemática - coleção tendências em Educação Matemática -
Autêntica, Belo Horizonte - 2001
FAZENDA,
Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: um projeto em
parceria. São Paulo: Loyola, 1993.
FLORES,
Angelita Marçal - A Informática na Educação: Uma Perspectiva
Pedagógica – monografia- Universidade do Sul de Santa Catarina
1996 - http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm
(nov/2002)
FRÓES,Jorge
R. M.Educação e Informática: A Relação Homem/Máquina e a
Questão da Cognição -
http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/txtie4doc.pdf
GALLO,
Sílvio (1994). Educação e Interdisciplinaridade; Impulso,
vol. 7, nº 16. Piracicaba: Ed.
Unimep, p. 157-163.
PENTEADO,
Miriam - BORBA, Marcelo C. - A Informática em ação - Formação
de professores , pesquisa e extensão - Editora Olho d´Água,
2000 , p 29.
VALENTE,
José Armando. "Informática na educação: a prática e a
formação do professor". In: Anais do IX ENDIPE (Encontro
Nacional de Didática e Prática de Ensino), Águas de Lindóia,1998p.
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Olá Regina, gostei do seu Blog. O projeto é muito interessante, pois é sabido que os conteúdos existentes na internet e a comunicação que possibilita aos usuários representam uma vasta fonte de conhecimento. Um grande abraço,
ResponderExcluirCecilia